Neste comic de 1992, culmina o arco “The Death of Superman”, com a luta entre Superman e o mortífero e imparável Doomday. No final, ambos jazem mortos.
Categoria: Banda Desenhada
Action Comics #827 CGC 9.8
Surge uma nova ameaça: Repulse, the Master of Magnetism! Mas aparentemente ninguém nota a sua presença, excepto Superman que regressa a casa com uma, pouco habitual, boa disposição para a confrontar. Com aparições de Aura e Doctor Polaris.
Action Comic #827 CGC 9.8, com argumento de Gail Simone, uma das grandes escritoras de personagens femininas (Birds of Prey, Batgirl, Tomb Raider, Red Sonja) e arte de John Byrne, um dos grandes ilustradores dos anos 80s/90s. Publicado pela DC Comics em Julho de 2005.
Leilão no Facebook dias 23 e 24 de Novembro de 2014.
Links de interesse
Sobre CGC (Wikipedia)
Sugestões #54
Com os olhos em 2015, venho com boas sugestões para o início do próximo ano, a destacar Star Wars #1 por Jason Aaron e John Cassaday na Marvel, Conan/Red Sonja #1 por Gail Simone, Jim Zub e Dan Panosian na Dark Horse, Millennium #1 por Joe Harris e Colin Lorimer na IDW e Dying and the Dead #1 por Jonathan Hickman e Ryan Bodenheim na Image.
Se por acaso forem à Comic Con Portugal, temos livros (Saga, Y: The Last Man…) de vários autores presentes, que poderão depois levar para autografar.
Ano Novo! Muitas leituras novas! E aproveitem para passar na livraria com muitas novidades, escolhas e ideias para o Natal. Boas leituras!
Marvel para assinatura
Uncanny Avengers (Vol. 2) #1
Por Rick Remender e Daniel Acuña. Das cinzas do Axis surge uma nova equipa de Avengers. A tragédia no fim do Axis deixou os Uncanny Avengers vulneráveis e alguém se vai aproveitar. Um dos mais antigos adversários dos Avengers com um terrível segredo, que irá despedaçar a vida de dois membros da equipa. O que é a Counter-Earth? E que terríveis segredos contém?
Star Wars #1
Por Jason Aaron e John Cassaday. Luke Skywalker e o grupo de rebeldes lutam contra o Império Galáctico após a sua maior vitória até à data, a destruição da Death Star. Mas o Império não está derrotado, ainda! Junta-te a Luke, Leia, Han Solo, Chewbacca, os droides R2-D2 e C-3PO e a Aliança Rebelde na batalha pela liberdade contra as forças de Darth Vader e do seu mestre o Imperador Palpatine.
Ant-Man #1
Por Nick Spencer e Ramon Rosanas. Scott Lang nunca foi o melhor super-heroi do mundo. A maioria da pessoas nem acham que ele foi o melhor Ant-Man! E o seu antecessor inventou o Ultron e juntou-se aos Masters of Evil, o que é dizer muito. Mas quando o Superior Iron Man oferece uma oportunidade única na vida, Scott vai ter a chance para mudar tudo e ser o herói que sempre sonhou ser.
Wolverines #1
Por Charles Soule e Nick Bradshaw. Wolverine pode estar morto, mas o que irá acontecer aos seus restos mortais encerrados em algo tão raro e poderoso como o Adamantium? A batalha pelo controlo deste valioso artefacto começou. Mas porque é tão importante e porque está uma guerra em nome de Logan a ser despoletada? A morte estará presente para inúmeros heróis e vilões e Mystique manipula-os a todos no “xadrez” letal, onde se incluem X-23, Sabretooth, Daken, Lady Deathstrike entre outros. Assassínio, mutilação, traição e trauma, ninguém será poupado!
DC para assinatura
Superman #38
Por Geoff Johns, John Romita e Klaus Janson. Um número especial que apresenta um novo fato, novos poderes e novos amigos e inimigos! E pelo meio temos Batman, um novo rumo na vida de Superman e a chocante decisão de Clark Kent!
Fables: The Wolf Among Us #1
Matthew Sturges, Stephen Sadowski, Travis Moore e companhia. Bigby Wolf já viu muito como xerife de Fabletown, mas nada o pode preparar para isto. Tudo começa com uma simples altercação doméstica, mas quando Bigby descobre que o seu velho adversário, Woodsman, que tem um machado para usar, é parte da situação, as coisa vão rapidamente pelo “bueiro abaixo”. E como irá Bigby e Snow White manter a calma para resolver o caso, quando estão envolvidos num grotesco mistério de homicídio?
Dark Horse para assinatura
Conan/Red Sonja #1
Por Gail Simone, Jim Zub e Dan Panosian. Numa aventura ao longo de múltiplas eras nas vidas destes personagens clássicos, Conan e Red Sonja tornam-se aliados para derrotar um padre-feiticeiro, cuja missão é criar uma nova idade das trevas!
Image
Criminal Special Edition (One-Shot)
Por Ed Brubaker, Sean Phillips e Elizabeth Breitweiser. Estamos em 1976 e Teeg Lawless está a cumprir uma pena de 30 dias na prisão com a cabeça a prémio. A única companhia e escape de todo o perigo é um velho comic usado deixado pelo seu falecido colega de cela.
Image para assinatura
Dying and the Dead #1
Por Jonathan Hickman e Ryan Bodenheim. Um assassínio num casamento revela um segredo com 50 anos. A grande custo, um homem tem a oportunidade de salvar a sua mulher em estado terminal. Uma tribo perdida renasce noutro tempo. O que aparentemente são eventos dispares forçam relíquias da grande geração a juntarem-se uma última vez.
IDW para assinatura
Millennium #1
Por Joe Harris e Colin Lorimer. Quinze anos atrás, o fim do mundo, o antecipado evento Millennium foi evitado graças aos esforços de Frank Black e dos agentes do FBI Fox Mulder e Dana Scully. Ou será que foi? Os poderes psíquicos de Frank mostram-lhe que o mal tem continuado a crescer sem controlo no mundo e ele está a fazer o seu melhor para o ignorar. Mas assim que o grupo Millennium reaparece e retomam a sua missão para encontrar Jordan, a filha de Frank, vai levá-lo para o meio da confusão quer ele o deseje ou não!
First Second
Olympians Vol. 07: Ares, the Bringer of War
Por George O’Connor. O mito continua no décimo ano da lendária guerra de Tróia, onde dois temíveis deuses da guerra travam batalha. O centro das atenções é Ares, Deus da Guerra, e a sua batalha com a inteligente e poderosa Athena. Com o culminar da batalha e os deuses a testarem-se um ou outro, a morte entre os humanos aumenta. Quem irá vencer o confronto de poder? E quantos terão de morrer primeiro?
Assim falou Miracleman
Foi finalmente publicado em Agosto um dos comics mais antecipados por quem se interessa por questões como a censura ou os processos de reedição de material controverso, quer pelo seu conteúdo, quer pela sua importância histórica. Estou-me a referir a Miracleman #9, onde Scenes From the Nativity, escrita por Alan Moore (identificado como The Original Writer, a pedido do autor), desenhada por Rick Veitch e arte-finalizada por Rick Bryant, é reeditada pela Marvel Comics com novas cores e nova legendagem.
Como o nome indicia, neste capítulo, após a “batalha final” com Gargunza (têm mesmo de ler os números anteriores), assistimos literalmente ao nascimento de Winter, a filha de Marvelma… desculpem, Miracleman e Liz Moran, e por ser uma sequência criada sem compromissos e por isso visualmente honesta, esta edição foi alvo de diversos avisos aos retalhistas quanto ao seu conteúdo e que iam subindo de tom à medida que as semanas passavam: de Parental Advisory a Mature (MR) acabando em “Please note that the upcoming Miracleman #9 contains graphic content, including a detailed scene of childbirth”. Com receio que tantas precauções fossem insuficientes, a editora distribuiu o referido número dentro de um saco plástico para evitar que leitores menos avisados e mais sensíveis, apenas habituados a ver sangue associado à morte, o vissem associado à vida.
Mas antes de prosseguir vale a pena fazer aqui um breve resumo do percurso conturbado da série Marvelman/Miracleman e das longas disputas legais que opuseram os seus criadores e editores.
Marvelman foi criado em 1954 por Mick Anglo para o editor inglês L. Miller & Son quando este foi obrigado a descontinuar o seu título mais vendido, Captain Marvel, devido à conhecida acção judicial da DC Comics contra a Fawcett Comics, onde esta era acusada de plagiar o Superman. Depois de 13 anos de disputa em tribunal a Fawcett foi obrigada a parar de publicar Captain Marvel, resultando na sua dissolução como editora de comics. Len Miller que republicava estas aventuras a preto e branco no Reino Unido pediu a Mick Anglo que com o seu estúdio criasse um herói suficientemente parecido e desse continuidade ao título. Assim nasceu Marvelman, cujo alter ego era Micky Moran, um jovem repórter que ao dizer Kimota — foneticamente é a palavra Atomic pronunciada ao contrário — se transforma no übermensch. Para replicar o conceito de família em Captain Marvel, foi criado Dicky Dauntless um adolescente que se transformava em Young Marvelman, e o jovem Johnny Bates, o Kid Marvelman, tendo ambos Marvelman como palavra “mágica” que despoletava a transformação.
As aventuras da família Marvelman continuaram com diversos graus de sucesso comercial até 1963, ano em que começaram a ser importados em massa os comics a cores dos EUA. No entanto, já em 1960 Mick Anglo tinha-se dissociado da L. Miller & Son e decidido reciclar e publicar algumas das suas histórias e, apesar de sempre ter reclamado direitos autorias sobre o Marvelman, renomeou o herói para… Captain Miracle.
Avançamos para 1982 e entra Alan Moore com uma questão pertinente e até então inédita: Como seria alterada a nossa realidade se os super-herois realmente existissem? Moore recriou Mike Moran, agora um homem de meia-idade, casado, envelhecido, a viver na socialmente depressiva Inglaterra de Margaret Thatcher (“personagem” que irá estar bem presente na obra de Moore, explicitamente em V for Vendetta, série criada na mesma época, e implicitamente em From Hell) e sem memória do seu passado heróico.
Originalmente publicada em capítulos a preto e branco, com arte de Garry Leach, Alan Davis e John Ridgeway, na excelente revista Warrior, a antologia editada por Dez Skinn (um antigo editor da Marvel UK) a série viu o seu nome alterado, contra a vontade de Moore, para Miracleman devido a pressões judiciais da Marvel (Machiavelli ficaria orgulhoso). Miracleman seria então publicada a cores pela Eclipse Comics a partir de 1985, tornando-se numa série de culto com a arte de Chuck Beckum, Rick Veitch e principalmente de John Totleben. Na sua última fase (Miracleman #11 a #16, Book Three: Olympus), Moore cria algumas das mais violentas e sangrentas páginas publicadas nos comics até então, retratando a luta de Miracleman com um lunático Kid Miracleman nas ruas de Londres. No fim, Miracleman apenas encontra uma solução para evitar futuros massacres: Institui um regime totalitarista na Terra.
Neil Gaiman passou então a ser o argumentista a partir do número 17 e com Mark Buckingham criou uma ambiciosa história em três capítulos — The Golden Age, The Silver Age, The Dark Age — onde problematiza a existência de uma Utopia liderada por um único (super)ser. Mas com a falência da Eclipse, a série foi interrompida no número 24, no início do segundo capítulo, e dá-se o começo de uma série de batalhas jurídicas que durante anos irá opor Moore, Davis, Gaiman, Skinn e mais tarde Todd McFarlane, que entretanto tinha comprado o fundo de catálogo da Eclipse.
Avançamos para 2013 e na New York Comic-Con, Joe Quesada anunciou que a Marvel iria republicar a série original em 2014 e que Neil Gaiman iria finalmente continuar a sua história em colaboração com Mark Buckingham.
“I love the idea that I will get to finish this story”, referiu Gaiman numa entrevista à Marvel.Com, “The tragedy of Miracleman was that we published two issues, wrote three and a half – and then it all stopped. And Miracleman #25 has been sitting in the darkness – nobody has seen it. It was drawn, it was written, it was lettered over 20 years ago.”
A equipa da Marvel Special Projects tem trabalhado com os autores nestas reedições através da utilização das pranchas originais ou de provas de impressão e afirma que novas técnicas estão a ser usadas para assegurar um produto final de qualidade. Mas se a nova legendagem melhora o aspecto final das páginas já as cores aplicadas têm demasiados efeitos especiais, a nudez pontual de Liz Moran foi censurada com revisões na arte e até a palavra nigger, usada totalmente dentro do contexto, foi eliminada.
Apesar disto recomendo a leitura de Marvelman/Miracleman neste infeliz formato em “alta definição” tão-somente pelos extras que cada edição contém: Reprodução das páginas originais e capas, diversas notas de produção e reedição de histórias clássicas dos estúdios de Mick Anglo dos anos de 1950, ficando a faltar no entanto textos que contextualizem a série e a sua importância para a história dos comics deste que é sem dúvida um dos melhores trabalhos de Alan Moore, e entre os melhores de Neil Gaiman.
André Azevedo escreve habitualmente no blogue A Garagem.







