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Céu Em Fogo

Giclée de Tiago Manuel
Pormenor do giclée Céu Em Fogo de Tiago Manuel.

Tiago Manuel foi convidado pela Faktoria K de Livros, chancela da Kalandraka, a interpretar a poesia de Mário de Sá-Carneiro, um dos maiores nomes do Modernismo português. O resultado é fulgurante e revela-se agora através do esplendor dos quinze originais dados a ver por este artista carismático, cuja obra singular extravasa as fronteiras das linguagens.
Vai estar disponível o livro Mário de Sá-Carneiro: Antologia Poética por 15,00€ e a edição de apenas nove exemplares do giclée “Céu Em Fogo” em papel Somerset 100% algodão por 30,00€ (detalhe na imagem).
Esta exposição inaugura na nossa galeria no dia 13 de Abril, pelas 17H00 e mantém-se até 30 de Maio de 2013.

Má Raça

Não causará surpresa, a quem gaste tempo na observação das ilustrações de Alex Gozblau, este híbrido entre bricolage e colagem. O olhar e a mão postos ao serviço da perspectiva gore que nos vê como frankensteins portáteis. As suas figuras são o ponto de encontro de texturas, realidades e sombras, dos mais díspares e improváveis elementos que, numa lógica devedora da música de cabaré, se agregaram em seres orgânicos. Embora aqui e ali esboce cenários mínimos, esta série faz-se de personagens. São bonecos feridos, cortados e recordados, enxertados e transportados, mas cujas cicatrizes se tornam dobradiças. Apesar de parecerem em pose, estão em movimento no miolo de uma narrativa. Apanhamos estas personagens vindas de um acontecimento e a caminho de outra situação. Não surgem incomodadas, mas desafiantes. Mesmo na suprema indiferença algo nos dizem. Talvez fiquem doravante cristalizadas, elas mais os seus enigmas, na cera da nossa visão, mas estou em crer que basta virarmos costas para regressarem aos seus mundos desajustados e incertos regulados pelo soturno Saturno. Estão apenas parados em pause no seu pequeno teatro macabro (já tinha dito de cabaré?) invocando aspectos tenebrosos de um quotidiano que é, ainda que o não pareça, território comum. Não hesito ao revelar que Alex Gozblau recolhe estes fragmentos dos vários espelhos onde nos vemos, todos e cada um, no acordar nosso de cada dia. Assusta tanto como as instruções para montagem de móveis do Ikea (pedaços de matéria sujeitos à escravidão de uma ideia de modo a definirem em alfabeto de necessidades que forra cada uma das casas sem que isso nos proteja apesar do aparente conforto). Tudo são aparências, eis a ameaça. | João Paulo Cotrim


Má Raça

Má Raça

Má Raça

Má Raça

Má Raça

Má Raça


Data

De 13 de Março a 25 de Abril de 2010

Links de interesse

Alex Gozblau
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