Etiqueta: portugal

5 (anos)

mo·men·to
Substantivo masculino
1. Espaço pequeníssimo (mas indeterminado) de tempo.
2. Curta duração.
3. Lance, ocasião.
4. Ocasião oportuna.

Momento, o instante em que o obturador abre e fecha e que gera no sensor uma fotografia. Momento, o instante em o dedo prime o botão do obturador.
Cinco anos de momentos condensados em vinte fotografias que retratam outros tantos instantes… Nunca fui um fotógrafo de eventos até ao dia em que disparei o obturador pela primeira vez nas inaugurações da Mundo Fantasma. Não sou ainda um fotógrafo de eventos. Cada momento aqui retratado é único, irrepetível, singular e carregado de memórias; cada um deles é um momento congelado no tempo e no lugar, uma síntese perfeita de um acontecimento, de um evento, de um sentimento fugaz e captado pelo obturador da câmara.

Resumir cinco anos a vinte momentos é sempre redutor mas selecionar vinte entre milhares de fotos significa optar e isso é sinónimo de escolhas, estas são as minhas. Poderão não ser consensuais mas estão feitas e representam cinco anos da galeria Mundo Fantasma, representam cinco anos da minha vida, em resumo representam cinco anos da nossa viagem conjunta pelas memórias que perduram nestas paredes. É um círculo (quase) perfeito: obras e espectadores regressam, passado algum tempo, ao lugar de onde vieram, onde estiveram por via das fotografias que os representam e que estão aqui expostas. É a hora também para eu trocar de lugar, de observador e “jornalista” passo a observado, aberto à critica e à observação…


5 de Mário Venda Nova

5 de Mário Venda Nova

5 de Mário Venda Nova

5 de Mário Venda Nova

5 de Mário Venda Nova

5 de Mário Venda Nova

5 de Mário Venda Nova


Data

18 de Janeiro a 22 de Fevereiro de 2014

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Mário Venda Nova


A fotografia 7 é de Mário Venda Nova.

Mário Venda Nova

Mário Venda Nova

Nasceu em 1968, no Porto, onde reside e trabalha. É fotógrafo desde 1991, com algumas interrupções entre 2000 e 2006 quando tirou um curso de artes plásticas.

Tem estado sempre ligado à fotografia, do lado da produção ou do lado da curadoria, de forma consistente desde 2000. Em 2009 desenvolveu um trabalho de comissariado/curadoria numa galeria no porto onde foi responsável pela programação desde Setembro de 2009 até Junho de 2012.
Escreveu na revista portuguesa ”Fotodigital” uma série de artigos de opinião sobre a fotografia, durante o período de Fevereiro a Dezembro de 2008. Em 2009 escreveu o texto introdutório para o livro ”Entre Reportagens” do fotógrafo Fernando Guerra.

É um lobo solitário — sempre na procura do compromisso entre a mais pura solidão e o acto de comunicar com os outros — mais à vontade entre a solidão das ruas desertas de uma cidade ou nas mais cerradas florestas, Mário Venda Nova é um fotógrafo da angústia dos nossos dias, da tristeza e da solidão dos grandes espaços. É mais fácil encontrá-lo numa serra ou numa cidade deserta do que num evento social, onde está pouco à vontade. Fã do silêncio e da solidão.

Sente-se confortável em qualquer suporte e é um mestre da impressão digital, utiliza máquinas low-fi — Lomo Holga, compactas dos anos ’80, Polaroid e Pinhole, e a mais recente tecnologia digital. Fotografa em toda a luz em todo o lugar a toda a hora.

Em 2011 fundou o Colectivo Phos.

Exposição

5

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Colectivo Phos

Lixo Futuro

Esta é a última geração de seres-vivos. Depois disto, só lixo. Pior do que já existe. Somos um baby boomer invertido. Somos o fim, o omega. Somos o início do caos. Queremos o apopcalipse, com paixão. Somos idólatras da aldeia global. Usamos a nossa arte, não no sentido da salvação, mas da consternação. Celebramos o Futuro na esperança que ele seja pior. De promessas está o mundo cheio. Aceitamos as coisas como elas são, sem stress. Que morra o presente. Somos o lixo futuro.


Lixo Futuro

Lixo Futuro

Lixo Futuro


Data

27 de Julho a 8 de Setembro de 2013

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Afonso Ferreira
Amanda Baeza
Ana Matilde Sousa
André Pereira
Daniela Viçoso
Paula Almeida
Rudolfo
Zé Burnay

Má Raça

Não causará surpresa, a quem gaste tempo na observação das ilustrações de Alex Gozblau, este híbrido entre bricolage e colagem. O olhar e a mão postos ao serviço da perspectiva gore que nos vê como frankensteins portáteis. As suas figuras são o ponto de encontro de texturas, realidades e sombras, dos mais díspares e improváveis elementos que, numa lógica devedora da música de cabaré, se agregaram em seres orgânicos. Embora aqui e ali esboce cenários mínimos, esta série faz-se de personagens. São bonecos feridos, cortados e recordados, enxertados e transportados, mas cujas cicatrizes se tornam dobradiças. Apesar de parecerem em pose, estão em movimento no miolo de uma narrativa. Apanhamos estas personagens vindas de um acontecimento e a caminho de outra situação. Não surgem incomodadas, mas desafiantes. Mesmo na suprema indiferença algo nos dizem. Talvez fiquem doravante cristalizadas, elas mais os seus enigmas, na cera da nossa visão, mas estou em crer que basta virarmos costas para regressarem aos seus mundos desajustados e incertos regulados pelo soturno Saturno. Estão apenas parados em pause no seu pequeno teatro macabro (já tinha dito de cabaré?) invocando aspectos tenebrosos de um quotidiano que é, ainda que o não pareça, território comum. Não hesito ao revelar que Alex Gozblau recolhe estes fragmentos dos vários espelhos onde nos vemos, todos e cada um, no acordar nosso de cada dia. Assusta tanto como as instruções para montagem de móveis do Ikea (pedaços de matéria sujeitos à escravidão de uma ideia de modo a definirem em alfabeto de necessidades que forra cada uma das casas sem que isso nos proteja apesar do aparente conforto). Tudo são aparências, eis a ameaça. | João Paulo Cotrim


Má Raça

Má Raça

Má Raça

Má Raça

Má Raça

Má Raça


Data

De 13 de Março a 25 de Abril de 2010

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Alex Gozblau
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